Yield on Cost, Razão de Investir em Ações de Dividendos para Longo Prazo - Dinheiro, Investimento e Lazer

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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Yield on Cost, Razão de Investir em Ações de Dividendos para Longo Prazo

Yield on Cost, Como  os dividendos crescem ao longo dos anos.




 Existem duas maneiras de diferentes de medir os dividendos, que são: o Dividend Yield e o Yield on Cost.




O que é Dividend Yield

 

 Dividend Yield é a rentabilidade do Dividendo dos últimos 12 meses  dividir pela Cotação  Atual.

 Dividend Yield = (Proventos dos últimos 12 meses / Cotação) x 100






O que é Yield on Cost

 

 Yield on Cost é a rentabilidade do Dividendos dos últimos 12 meses dividir pelo Preço Pago na compra ou pelo Preço Médio, caso tenha feito varias compras da mesma ação.

 Yield on Cost = (Proventos dos últimos 12 meses / Preço Pago ou Preço Médio) x 100






 Para ficar mais fácil entender vamos supor que tivesse comprado a TAESA (TAEE11) em 2011 por 11,92 reais e a tivesse mantido até hoje, este é apenas um exemplo didático, não é indicação de compra.






  Como vimos a ação subiu de 11,92 reias para 20,75 reais,  o que é a uma valorização total de 74%, o que corresponde a uma valorização de 11,7% ao ano.

 Mas se somarmos dos Dividendos  pagos ao  valor da Cotação a ação subiu de 11,92 reais para 27,69 reias,  o que  é uma valorização total de 132% o que corresponde a uma valorização de 18,3% ao ano.


 





  Os dividendos pagos por ação subiram de 0,62 reais para 1,77 reais, o que é um aumento de 185% dos dividendos pagos, o que corresponde a um aumento de 23,3% ao ano.

 Como vimos o crescimento dos dividendos é incrível quando escolhemos bem as ações.







  Como vimos o Yield on Cost é muito maior do que o Dividendo Yield. 

 Repare que começamos  com um Yield on Cost de 5,20% (em 2011) para um Yield on Cost 14,85% (em 2016)

 Lembrando que os dividendos são isentos do imposto de renda, o que torna o resultado ainda melhor.





Conclusão

 

 Quando escolhemos Ações  Lucrativas, boas pagadores de Dividendos, com boa Geração de Caixa, Baixo Endividamento, com Margens Altas, Bem Geridas, em Setores Perenes, com Boas preservativas Futuras, e as compramos a preços abaixo do seu valor intrínseco com boa margem de segurança, e as guardamos por muitos anos para o longo prazo, temos boas hipóteses de obter excelentes resultados.

 Estes excelentes resultados em termos de dividendos, só foram possíveis porque seguramos as ações por 5 anos, se as tivéssemos segurado por mais tempo e reinvestido os proventos, provavelmente os resultados seriam ainda melhores.
 
Vale a pena relembrar que resultados passados não são resultados futuros, então faça a sua analise, está empresa foi apenas um exemplo.


Lembrando que é apenas minha opinião pessoal, não é uma recomendação.





Aviso: Este blog é um lugar onde eu partilho a minha opinião e minha visão do mercado, os exemplos que aqui expostos são apenas didáticos e ilustrativos, este blog não recomenda ninguém a comprar/vender/manter Ações, Fundos Imobiliários, ou qualquer outro produto financeiro, a decisão e a responsabilidade do investimento é sua, deverá estudar e  aprender máximo de educação financeira para tomar boas escolhas.




31 comentários:

  1. Muito bom! Muita gente não entende esse conceito simples e faz comparações equivocadas como: "por que investir em uma ação com 5% de Dividend Yield se a RF paga 10%?". Simplesmente porque o DY pode aumentar muito e aumentar o valor do ativo, além do rendimento, na RF isso é obviamente impossível.

    Abraços!

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    1. Obrigado pelo comentário

      Concordo a 100%, com os gráficos fica fácil demonstrar isso que acabou de escrever

      Abraços e bons investimentos

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  2. Excelente post DIL,

    Eu calculo HC. Assim da para saber se os proventos estão aumentando ou não.

    O Barsi sempre fala que alguns dividendos que ele recebe já são maiores ao preço que ele pagou na época da compra. Claro que isso é possível só no longo prazo.

    Abraços.

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    1. Obrigado pelo comentário

      Algumas ações Barsi tem um Yield on Cost de mais de 100%, é isso que voce escreveu

      Essa uma das razões porque Barsi é Bilionário.

      Abraço e bons investimentos

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  3. Antes de mais nada, concordo que escolhendo excelentes ações, o ganho em dividendos supera os ganhos da RF. O problema é escolher a ação correta e isso nem sempre é trivial.

    Mas nas comparações que fazes, esquecem que o rendimento em RF faz com que o "ativo" valorize-se sim, como não? Os juros são compostos. Se aplicamos por exemplo um valor de 10.000,00 em CDB por dois anos a 10% (só para pegar o exemplo do Marcelo acima), teremos pouco mais de 12.000,00. novas aplicações vão render sobre esses 12.000,00 (simplificando, vcs sabem que isso ocorre dinamicamente).

    Após esse período, vamos aplicar os 12.000,00 a 10% novamente. E não tem muito sentido dizer que vamos ganhar 2.400,00 sobre a aplicação inicial de 10.000,00, mas sim serão 10% de 12.000,00. Senão, o valor recebido não será 10%, e sim um valor bem maior.

    O conceito de Yield em cost não faz muito sentido por isso. Em RF, não existe um "indicador" equivalente. O valor contratado em juros é sempre sobre um capital no momento. Da mesma forma que o valor da ação no momento, e não no momento da compra.

    Abraço.

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    1. Obrigado pelo comentário

      Por ter partilhado sua opinião

      Abraço e bons investimentos

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    2. Argumento ficou confuso: Juros composto OK, renda fixa incide sobre regime de juros compostos automaticamente.


      Porém vou citar aqui alguma vantagens:
      A capacidade de uma empresa aumentar unidade de lucro , ou mesmo você pagar tão barato por unidade de lucro que posteriormente acabe compensando valor investidor, este fator determinante não ocorre de forma alguma na renda fixa.

      Você tem uma taxa de juros acordada no momento da compra isso no caso de títulos pré fixados, já no caso pós fixados você fica mercê da política monetária, déficits do governo , inflação ( Flutuação da taxa de juros) etc

      Após a taxa ser acordada no pré fixada você pode vir a ganhar com a inversão da curva da juros, porém a unidade de lucro acordada de forma alguma aumenta neste tipo de regime.


      Em uma empresa a unidade de lucro LPA pode aumentar com aumento de lucro na empresa, dai sai diferença para renda fixa.

      A unidade lucro pode aumentar ou diminuir de acordo com premissa da empresa, mercado etc.


      Se você comprou uma empresa 10 anos atrás supondo que atualmente esta empresa lucre duas vezes mais , significa que hoje você ganha por unidade de lucro duas vezes mais se mantidas mesma quantidade de ações.


      Imagine que você compre um ativo com yield de 15% a.a há alguns anos atrás e atualmente a unidade lucro da empresa aumentou 3 vezes.

      Aquele dinheiro pago no passado hoje tem um yield de 45%! Por isso barsi e outros investidores de calibre investem em carteira de dividendos, não é pelo yield de mercado! mas sim pela perspectiva da empresa aumentar a unidade de lucro por ação.


      Obviamente diferença substanciais só acontecem no longo prazo 10 anos para mais, além disso existe o risco da empresa dar prejuizo e esta unidade de lucro ir por água abaixo junto com valor de mercado das ações.

      Abraço










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    3. Mestre dos Dividendos,

      Não sei se eu de fato, consegui explicar o meu ponto.

      Eu entendo o fato de que uma ação não está presa a uma taxa de juros, como a RF. E aceito o fato de que ela pode deslocar-se, tanto para cima quanto para baixo, em relação à taxa de juros. Isso depende de escolher a ação correta.

      O propósito do meu comentário é a comparação que de faz com o conceito de Yield in Cost comparando-o erroneamente com as taxas acordadas e renovadas em uma aplicação de RF. E não se ele pode ser diferente (ele pode ficar acima e abaixo, tranquilamente).

      Vou usar um exemplo de forma simplificada, tirando IR, etc, apenas para facilitar.

      Apliquei 1000,00 num CDB a 10%. Recebi após um ano, 1100,00.
      Reapliquei esses 1100,00 novamente a 10%. Recebi, ao final, 1210,00.
      Fazendo isso por 4 anos, terei ao final 1464,10.
      REaplicando no quinto ano, teremos um total de 1610,51.
      Se formos usar o conceito de Yield in Cost, diríamos que estamos recebendo (1610,51-1464,10)/1000 = 46,41% do valor original.

      E a comparação que é feita, entre ações e RF, é que estamos recebendo apenas 10% sempre. O fato é que os rendimentos da RF também vão aumentando se considerarmos esse conceito de capital inicial aplicado. Não é portanto, verdadeiro, tal comparação. Temos que usar as mesmas considerações.

      Espero que tenha ficado mais claro.

      Abraço.

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    4. Sim entendo como falei anteriormente a taxa é exponencial e ao final do período você vai receber juros exponencialmente sobre o valor inicial.

      Tal comparação é de difícil precificação, uma porque quando você investe numa ação nem sempre você precisa reaplicar dividendos na mesma ação, você pode escolher aquela que apresenta melhor valution no momento visando maximizar este processo de juros compostos.

      Este calculo que você colocou não tem como ser feito na integra porque a taxa de juros futuros é uma grande incógnita, embora aja certo indicadores macro para este tipo de calculo você só vai saber o resultado ao final do período.


      Neste sentido sempre dei preferência aos títulos pré fixado pois eles tem um mecanismo mais próximos das ações: Quanto menos você paga por eles maior é a taxa que você recebe e consequente maior será seu resultado ao final do período.


      Entendeu perfeitamente seu argumento, a conta não é feita em cima de juros simples, mas sim exponencialmente.
      Nas ações é diferente pois você recebe pelo momento da compra e atratividade do juros recebido pode variar de acordo com 2 variáveis ( Preço pago por unidade de lucro e crescimento da unidade do lucro no tempo).

      Abraço





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  4. Bom post , muita gente não entende este conceitos simples.

    O Retorno se da sobre valor investido: Quanto menos você paga por unidade lucro melhor.

    Abraço

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    1. Obrigado pelo comentário e pelo elogio

      Abraço e bons investimentos


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    2. Caramba que aula.

      Parabens pelo post DIL e a discussao aqui foi excelente.

      Abraçao

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    3. Obrigado pelo comentário e pelo elogio

      Abraço e bons investimentos

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  5. DIL, uma duvida de sardinha - se todo mundo listar as ações que pagam bons dividendos, que nao tem dividas, etc, etc... as boas mesmo, no fim nao vai acontecer de todo mundo correr e compras as mesmas, causando um aumento no preço ?

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    1. Sim,existem ações que pagam muitos milhões em dividendos, mas o seu Dividend Yield esta baixo porque o preço já subiu muito.

      Gosto de esperar a oportunidade de comprar uma excelente empresa, boa pagadora de dividendos, por um preço "descontado" de maneira a ter um bom retorno.

      Ai quando todo mundo começa comprando essa ação o preço sobe, levando você a ganhar com os dividendos e com o aumento do preço da ação.

      Espero ter respondido a sua duvida

      Abraço e bons investimentos



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  6. Eu falava no yield on cost no meu blog mas ninguém nunca ligou pra isso.
    Precisamos de uma palavra brasileira pra isso. Quem sabe assim entendam.
    Abraço!

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  7. Fala DIL, parabens pelo post, confesso que o Yield on Coast não conhecia, só uma questão: para um pequeno investidor que aporta pequenos valores mensais, portanto não há como pegar o melhor preço inicial com boa margem, dessa forma você acredita que ainda assim vale apena?

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    1. Obrigado pelo comentário e pelo elogio

      Ao aproveitar as compras mensais para comprar mais ações da empresa excelente que baixou de preço, voce baixa seu preço médio, aumentando seu Yield on Cost, portanto pode usar sim o Yield on Cost.


      O próprio Luiz Barsi faz isso, sempre que uma empresa excelente cai de preço ele compra mais ações dessa empresa, baixando seu preço médio, aumentando assim seu Yield on Cost (ele chama dividendo pelo preço pago).

      Espero ter ajudado a responder a sua pergunta

      Abraço e bons investimentos

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  8. Excelente conteúdo cara.
    Post bem direto e muito importante.
    Sucesso

    Abc

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  9. E quais seriam na sua opiniao as principais acoes para YOC hoje na bovespa? pensando em longo prazo?

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  10. Olá, obrigado pelo comentário.

    Acredito que as ações que vão ter bom Yield on Cost no longo prazo, são ações com: vantagens competitivas duráveis; que sejam lideres de setor; que estejam acima da concorrência; bem geridas; com bom histórico de resultados; margens altas; ROE alto; boa geração de caixa; divida controlada; com lucros crescentes. Afinal o dividendo é uma distribuição do lucro, quando mais crescer o lucro mais pode crescer o dividendo.

    Alguns exemplos dessas ações são Itaú (embora acredite que o dividendo desta empresa para o ano seja menor do que este ano), Itaúsa, Engie, Grendene, Grazziotin, TAESA, Alupar.

    Lembrando que não é recomendação, é apenas minha opinião.

    Abraço.

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  11. Cara, primeiramente parabéns pelo Blog, mas a explicação não ficou clara pra mim.
    Quanto aos proventos distribuídos nos últimos 12 meses devo considerar a totalidade em R$ do que recebi e dividir pelo preço médio dos aportes feitos no período? É isso mesmo? Por exemplo, suponhamos que uma empresa tenha me pago R$ 4,52 em proventos nos últimos 12 meses e o preço médio na minha carteira tenha ficado em R$ 18,12 por ação. Pela fórmula, em apenas 12 meses meu Yield on Cost para este ativo seria de 24,94%, o que me parece alto para apenas um exercício, ainda que a empresa seja uma boa pagadora de dividendos. Se colocarmos isto no longo prazo meu Yield on Cost vai dar uma surra no Yield on Cost do Buffet. Sei lá, talvez eu não tenha entendido a relevância desta métrica, pois pela explicação parece que ela apenas nos mostra o quanto uma empresa está te "devolvendo" de valor investido investido por cada ação paga por ela. No longo prazo é óbvio que os dividendos recebidos durante o período será superior ao preço médio pago pela ação e até superior à cotação atual, logo, faz mais sentido usar esse cálculo para o exercício corrente e não de modo consolidado ao longo dos anos. De qualquer modo, não consegui entender qual a relevância do Yield on Cost para a tomada de decisão sobre novos investimentos, parece-me que ele nos indica apenas uma história sobre o que aconteceu com as nossas decisões de investimentos passadas, mas não necessariamente sinaliza o que devemos continuar fazendo para o futuro. Enfim, corrija-me se me equivoquei em algum ponto. Parabéns pelo trabalho.

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  12. Olá Felipe Pereira, obrigado pelo comentário.

    É exatamente isso que falou, se a empresa pagou de dividendos 4,52 reais nos ultimos 12 meses e o seu preço médio é de 18,12 reais, então o Yield on Cost é de 24,94%.

    O Barsi mesmo fala que chega a ter ações que pagam mais em dividendos do que o preço que ele pagou por elas no passado. Isto é seu Yield on Cost é de mais de 100%.

    Se as ações que tem na sua carteira, estão crescendo o seu Yield on Cost com passar dos anos, mostra que estão crescendo os seus dividendos e se tornando boas pagadoras de dividendos em relação ao preço que você pagou.

    Em relação a escolha de ações você ao escolher ações que possam ter um ótimo YOC on futuro, está escolhendo ações que possam crescer oos seus dividendos no futuro.

    Um exemplo disso foi a UNIP6 em 2016 custava 6,92 reais e pagava 0,32 reais o que dava um dividend yield de 4,62%. Quem tivesse comprado nessa epoca por 6,92 reais e segurado até hoje, teria tido um excelente YOC. Em 2019 a empresa pagou 1,68 reais de dividendos, o que dá um YOC de 24%.

    As boas empresas de dividendos, são as que no futuro terão um excelente YOC. Vou terá de ver qual o dividendo que a empresa pagará no futuro em relação ao preço que pagou. Empresas com dividendos solidos e crescentes é o ideal na minha visão.

    Espero ter respondido a sua duvida.

    Abraço e bons investimentos.

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